Escola Dominical: Espaço de Inclusão e Aprendizagem Para a Vida
Este artigo tem por
finalidade evidenciar a importância de incluir junto a sala de EBD(Escola
Bíblica Dominical), os considerados portadores e/ou deficientes de necessidades
especiais. Deficiência essa que pode ser física ou mental.
Como alcançar estas crianças? A grande necessidade do evangelismo
infantil também para as crianças especiais, como não entram nas igrejas, é
preciso lançar as redes, elas precisam da salvação em Cristo Jesus. Como
alcançar suas famílias ministrando uma palavra de consolo, orientação,
encorajamento, para que a criança seja amada e aceita pela mesma, com pais que
não se envergonham diante da sociedade e da igreja.
Como inserir a criança especial no ministério infantil, como trabalhar com
elas, como vivenciar na igreja a inclusão e não a exclusão? Como tem sido
infelizmente na prática.
A inclusão
escolar é muito importante, não só para as crianças com deficiência mas também
para as que não tem nenhuma deficiência.As crianças com deficiência aprendem
muitas coisas com as outras, se sentem motivadas a irem cada vez mais longe e
as crianças "normais" são automaticamente preparadas para mais tarde
conviverem com as pessoas e suas diferenças. Fato fundamental para a inclusão,
pois hoje em dia boa parte do preconceito parte dos adultos e não das crianças
e isso por falta de conhecimento sobre o assunto.
O que mais me preocupa
é a falta de responsabilidade e humanidade em muitas pessoas que se comprometem
ou simplesmente aceitam trabalhar com essas crianças, sem antes buscar em Deus
a direção e busca por aperfeiçoamento e dedicação. Tendo como base o AMOR. (1Co
13). Que ao me ver é de fundamental importância para o Ministério Cristão.Precisamos cuidar constantemente
para que eles, ou seja, essas crianças, se sintam importantes, para que sintam que são
parte de um grupo, seja em casa, na escola e onde estiverem.
A luz da Palavra de Deus precisamos abordar todas estas questões e situações de
maneira prática, clara e objetiva, lançando também uma semente de amor no
coração da igreja, de professores, líderes, amor por crianças especiais, que
precisam ser amadas e atendidas com suas limitações também. São muito amadas
por Jesus, vamos excluí-las?De forma alguma, o que elas precisam ouvir? Pastorear e preparar crianças
para o futuro é conduzi-las ao novo nascimento, contando-lhes a preciosa
mensagem do Evangelho.
A mensagem que a criança precisa ouvir!
Toda
criança precisa conhecer:
• Que Deus a ama com imenso amor – João 3:16.
• Que ela tem um problema (doença, necessidade) – Romanos 3:23; 6:23.
• Que só há uma solução (remédio, provisão) para o seu problema – Atos 4:12; 1
Coríntios 15:3,4; 1 Timóteo 2:5.
• Que ela precisa apropriar-se de Cristo (recebê-lo) – João 1:12,13.
• Que a salvação é unicamente pela graça imerecida de Deus - Efésios 2:8,9.
• Que a salvação é eterna (segurança) – João 10:28-29; 1 João 5:11-12.
É preciso levar a criança a reconciliar-se com Deus, reconhecendo que é
pecadora, buscando o perdão e confiando no sacrifício de Cristo realizado na
cruz do Calvário, pois “o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo
pecado” (1 João 1:7).
Para
se desenvolver, a criança necessita incorporar e integrar as ferramentas de
relação com os outros. A criança não aprende por si própria nem é a arquiteta
exclusiva da sua evolução, ela aprende essencialmente dos outros, através da
sua relação com eles.
Pais
e mães são os primeiros, os principais e mais duradouros educadores de suas
crianças. Quando pais e profissionais trabalham juntos durante a infância, os
resultados têm um impacto positivo no desenvolvimento da criança e na sua
aprendizagem. Então, cada etapa do desenvolvimento deve buscar uma parceria
efetiva com os pais.
Nos trabalhos de estimulação, os
pais aprendem com diversos profissionais de diferentes áreas a estimular a
criança, pois, quanto mais cedo haver o estímulo mais ativa a criança se
tornará, conseguindo atingir suas capacidades.
A
finalidade da estimulação precoce deve ser que a criança gere sua própria
personalidade, sua situação familiar, social e eclesiástica.
O
apoio individual oferecido para favorecer a aquisição de habilidades
adaptativas pode ter lugar na família, em entidades públicas ou particulares,
em outros ambientes e programas comunitários e ambientes eclesiásticos. Nesses
locais percebe-se a importância de profissionais como os fonoaudiólogos que
estudam e tratam os problemas de linguagem e de estruturação oral facial, que
permitem a criança sugar, deglutir, mastigar, engolir, mecanismos estes
necessários para falar, se comunicar com
o próximo.
O serviço social é considerado o
centro de apoio da equipe multidisciplinar e realiza trabalhos voltados a
integração da família e da escola com terapeutas, apoiando no enfrentamento de
problemas de origem familiar, financeiro, social ou profissional, busca também
formar convênios, captar recursos e capacitar as mães.
Formular
e promover estratégias que vise favorecer o desenvolvimento cognitivo, levando
em consideração todos os outros aspectos que interferem no desenvolvimento
global da criança é papel do pedagogo, eles usam como estímulo uma série de
exercícios para desenvolver as capacidades da criança, respeitando a fase de
desenvolvimento que ela se encontra, enfatizando a área cognitiva e
sócio-perceptiva. Assim como o ambiente eclesiástico que a família frequente
será de fundamental importância e apoio para a integração da família e igreja.
Nem todos os alunos com
deficiência terão, na realidade necessidades educacionais especiais. Os
professores devem adotar ações especificas para tornar possível a participação
efetiva de alunos portadores de necessidades educacionais especiais por meio
de:
- planejamento de tempo
suficiente para permitir a conclusão satisfatória de tarefas;
- planejamento de oportunidades
que sejam necessárias ao desenvolvimento de habilidades em aspectos práticos do
currículo;
-
identificação dos aspectos do programa de estudo e de metas de aquisição
escolar que possam apresentar dificuldade.
O planejamento de atividades e de rotina de
trabalhos seja no âmbito familiar, escolar ou eclesiástico cria ambiente
acolhedores e agradáveis, facilitando a criança uma aprendizagem pela
convivência e experiências com o outro e também com afeição, amor e paciência;
especificas para os indivíduos.
Todas as crianças portadoras de
necessidades especiais ou não experimentarão diversas etapas de
desenvolvimento, por isso, deve-se reconhecer e motivar o potencial de cada uma
individualmente, e apresentar-lhe objetivos e atividades adequadas que
fortaleçam sua autoestima, iniciativa e aprendizagem, pois isso constituirá a
base do seu desenvolvimento futuro.
Quase
todas as crianças, desde o nascimento estão imersas em ambientes de afeto e
proteção, essenciais para seu crescimento físico e desenvolvimento de suas
capacidades. Essas primeiras relações se manifestam com sorrisos, choro,
abraços, carícias, assim por meio desses códigos a criança vai criando vínculos
de relacionamento, iniciando um processo de socialização. Levando em conta as
necessidades que os seres humanos têm ao nascer (alimentação, cuidados
higiênicos, proteção frente a perigos, exploração do meio), necessidades estas
que somente serão resolvidas através da relação com outras pessoas, essa
interação lhe permitirá resolver e amadurecer todo seu potencial biogenético.
É
importante sabermos o quanto é necessário compreender as limitações dos
indivíduos com necessidades especiais, juntamente com os indivíduos normais.
Havendo essa compreensão, maior será a interação dos portadores de necessidades
especiais e a aceitação será mais fácil, pois, haverá maior valorização
facilitando a entrada desses indivíduos na sociedade e mais tarde, no mercado
de trabalho e ambiente no meio eclesiástico. O qual ele estará inserido. A base
para toda e qualquer função ministerial e/ou profissional está em 1Coríntios 13
o Amor, que é a maior expressão de Deus com a humanidade.
Os desafios serão constantes, assim como a falta de pessoas que
disponham e se preparem para o serviço. Não é apenas afirmar que a EBD seja
para todos(as), mas criar condições para que todos(as) realmente se sintam
bem-vindos(as), amados(as) e incluídos(as). Especialmente ensinando-os(as) a
lidar com a sua INTEGRALIDADE, seja qual for a sua condição e
contexto. Para que a EBD seja espaço de APRENDIZAGEM, de CRESCIMENTO e de
ACOLHIMENTO deve, antes de tudo, ensinar o ser humano a APRENDER a CONHECER, a
FAZER, a RELACIONAR-SE e a SER, incluindo nessas aprendizagens os valores e os
princípios cristãos. São APRENDIZAGENS essenciais à vida como um todo, mas
dependerão do modelo de EBD que pretendemos ter e da prática de ensino pela
qual fizermos opção. É fato que a natureza humana é bem mais ampla,
complexa e não apenas espiritual, mas também CORPO, ALMA e MENTE, partes que
formam um todo indissociável.
Para terminar deixo uma reflexão: O que Deus quer nos
ensinar nessa passagem?
“... Deixai vir a mim os pequeninos e não os
embaraceis ...”
Lucas 18:16
Sheila Guimarães